Mazela, mazela, mazela...

sábado, 7 de outubro de 2006

Prólogo
Mazela: Perdedor, Loser; Tenta, tenta e nada dá certo; Liseira, ausência crônica de dinheiro; Seu Madruga, Charlie Brown, Homer Simpson, Doug Funny.

Eu e o Forró em Fortaleza: Não dá certo! Nem adianta tentar, é desgraça na certa.
Capítulo 1 - A Mochila

Como todos os dias, no intervalo das aulas na FIC, eu vou lá pra fora conversar com o povo.
-"E ae, viu o Bruno? Ele tá ai bar?" (O bar é em frente a faculdade, só atravessar a rua)
-"Não vi o Bruno a semana inteira."
-"Arriégua, tô a fim de tomar umas cerva e ele nem aparece."
-"Eu também..."
-"Eu me proponho pagar 2"
-"Beleza, vamo nessa!"
Fomos eu, o Nino, o Cid e a Bia.
Mas como é uma lei da natureza: Duas cervejas sempre se transformam em quatro ou cinco.
Conversa vai, conversa vem e o tempo passa, ninguém volta pra aula. Quando olho no relógio, 22:20... Então, fui na sala de aula pegar minha mochila. A mesma mochila de 2 posts atrás. A sala já vazia, luzes apagadas e o lugar mais limpo do mundo. Cadê minha mochila?
Fui na sala ao lado, onde o zelador tava e ele disse que tinham levado pro achados e perdidos, mas também não tava lá.
Quanto tava indo embora, encontro o pessoal me esperando pra irmos todos à parada do ônibus juntos. Lamentar a perda da minha mochila.
Capítulo 2 - As Cortesias

Estavamos andando, quando um cara, amigo do Nino e da Bia aparece.
-"E ae tão a fim de ir pro Cantinho do Céu?"
-"Até queria mesmo, mas eu só tenho 1,60."
-"Pois guarda esse dinheiro pra gastar lá, porque eu to com umas cortesias aqui."
-"Aaaahhhh... Agora cê falou minha lingua!"
Nessa hora, nós pegamos nossos celulares sem crédito e ligamos a cobrar pra todos as pessoas possiveis que tivessem carro. Além de ter carro, ainda tinha que ter crédito no celular pra poder retornar a ligação. O Cantinho do Céu é lá no Eusébio, Região Metropolitana ainda, porém looooonge.
-"Vai querer quantas?"
-"Além de nós quatro, vão mais alguns amigos."
-"Pega ae oito.... Mas NÃO VENDE essas cortesias de jeito nenhum!!"
-"Ta certo. Confie em mim. Mas me da mais algumas ai, pq vai que aparece mais gente..."
-"Porque se tu vender, eu me lasco. A minha numeração é essa e se alguem descobrir que foi alguma vendida..."
-"Mas não tem como descobrir não. Mas eu também não vou vender. Se sobrar eu rasgo, dou pra alguém. Pode confiar."
-"Que nada, você é meu brother hehe"
Já eram 22:40 e as cortesias só eram aceitas até 23h. E eramos todos telefonando e perguntando se alguém viria nos pegar.
Capítulo 3 - A ida
Até que depois de um tempo aparecem dois caras num fusca caindo os pedaços. Nos esprememos pra caber 6 no fusquinha e fazer a viagem.
-"Alguem ae sabe qual o caminho pra lá?"
-"A unica vez que eu fui, tava embriagado jogando pedra de gelo nos outros."
-"Hahaha... Eu lembro desse dia. Que nós fomos pro show do Planta e Raiz na Praia do Futuro e nem teve esse tal show hahahaha..."
-"Eu nunca pisei nesse tel de cantinho."
-"Sei que tem que dobrar a direita em algum lugar ae."
(...)
-"Vai dobra ai... É ai mesmo, eu lembro"
Dobramos numa estradinha estreita e esburacada.
-"Cara, não lembro de ter isso quando eu fui não."
(...)
-"Ei, pode dar uma informação? Onde é o Cantinho do Céu?"
-"Vocês tem que voltar até a pista e ir direto"
Dois caminhos errados depois, chegamos. Meia noite em ponto.
Capítulo 4 - Bem que eu avisei

Só podia entrar com as cortesias até 11h, mas mesmo assim nós tentamos entrar e conseguimos. E vamos beber com que dinheiro, se o pouco que nos restou foi pra gasolina? Mas e as outras quatro cortesias? O Nino e a Bia se encarregaram de vendê-las.
Depois eu descobri porque que ele deu essa ruma de cortesia. O lugar tava fraaaaco, praticamente vazio. E o forrózão rolando... Eles já tavam demorando um pouco a entrar. Só iam vender as cortesias, nem demora tanto assim. Até que o telefone do cara toca e são eles ligando a cobrar.
-"A polícia pegou eles vendendo a cortesia e tomou."
-"E o que que a polícia tem a ver com isso?"
-"Sei lá. Sei que eles tão lá fora e não podem mais entrar. Vamos sair fora, também."
Pois é, bem que o cara avisou que não era pra vender essas benditas cortesias, pois ia dar problema.
Segundo eles, um segurança disfarçado chegou pra compar as cortesias e depois confiscou, disse que ia levar pra administração... Até agora eu espero que esse tal agente secreto ai, seja um gaiato que enrolou eles. Porque se ele realmente tiver levado o caso pra administrção. O cabra tá lascado mesmo.
-"Porra, só pra pagar esse estacionamento!"
-"E eu dei meus 5 conto pra gasolina..."
-"O dinheiro que eu ia pro trabalho amanhã"
-"Porra, e os caras iam comprar todas as quatro, mas só compram três."
-"E vocês venderam? Por quanto?"
-"25 as três..."
-"Ah, pois vamos terminar a nossa noite, né."
Capítulo 5 - Até o amanhecer

Depois de dividir a grana com a Bia, e nos acertarmos com o dono do carro, fomos prum posto beber e inventar uma forma de chegar em casa antes de amanhecer.
(*)A balconista do posto era muito gata! A boca daquela mulher...
Bebemos, fumamos, falamos mal dos outro, nos lamentamos, frescamos, fizemos tudo e fomos pra parada de ônibus 4h da matina. Ônibus uma hora dessa nem pra remédio, como diria o Chapolin.
E ficamos esperando, esperando, esperando... Eu desenhando besteira no caderno do Nino e o Cid contando piada, imitando o Billy (das Terríveis Aventuras de Billy e Mandy) e o Nino puto pq eu tava arrancando todos os adesivos do caderno.
Até que acontece a coisa mais engraçada da noite. De longe nós ouvimos uns gritos. Eram uns doidos voltando de alguma farra, na hora que eu me inclino pra olhar, passa uma bundona na minha frente. E era bunda de mulher! Eu já vi isso algumas vezes, mas todas com bundas masculinas. Foi a primeira vez que eu vi uma mulher fazer isso.
Nós começamos a rir e a gritar pra eles voltarem... Hahaha
Ai pronto, o ônibus passou e nós voltamos pra casa. Cheguei aqui 6h

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